Salmo

domingo, 24 de abril de 2011

Quantas contas!

 

Quantas Contas!
Pr. David J. Merkh
"Como que entramos nesta?" perguntou o jovem casal sentado no gabinete do Pastor Waldemar.  "Não temos mais conversa--não importa qual o assunto, volta e meia estamos discutindo sobre finanças!  Mesmo a nossa vida íntima já era.  Há esperança para nós, pastor? . . ."
Jairo e Marlene realmente se amavam.  Mas estavam a ponto de se separarem depois de menos de três anos de casamento.  Como tantos outros casais, foram "prisioneiros de guerra" dos seus próprios impulsos de "pegar agora, pagar depois."  Sua desordem financeira se tornou um verdadeiro "campo de concentração" que estava torturando a vida do lar.
Será que há esperança para Jairo e Marlene, e para tantos casais que se encontram na mesma situação?  Graças a Deus, a resposta é "SIM!"  "Crise financeira" não é novidade para Deus, que anos atrás traçou para Seu povo um plano econômico sábio, eqüilibrado, e que tem sido provado pela experiência de muitos.  O verdadeiro "Plano Real", encontra-se no livro de sabedoria, Provérbios.  Mas prepare-se!  Para achar liberdade financeira, teremos que nos submeter a medidas radicais, totalmente contrárias ao bombardeio materialista e secular dos nossos dias.
                                                                  Uma Estrategia Dupla
Conforme Provérbios, para obtermos liberdade financeira, teremos que declarar guerra contra as forças hostis que atacam o lar.  Em primeiro lugar, teremos que erguer uma defesa "anti-aérea" contra o bombardeio de propaganda diária que recebemos da mídia.  Ao mesmo tempo, e mais importante ainda, teremos que desarmar a nossa própria cobiça auto-destrutiva.
            A Mídia.   O primeiro ataque contra o lar vem da mídia.  Só quem não anda no mundo "real" consegue escapar ao efeito dos mísseis lançados pela propaganda comercial:  "Leve agora, pague depois!"  "Você merece o melhor!"  "5 prestações suaves!"  "Satisfação garantida ou seu dinheiro de volta!"  Estes lances já feriram inúmeros lares.  Outros foram destruídos pela dívida.  E aqueles que não são feridos ou mortos, acabam sendo levados como prisioneiros de guerra, verdadeiros escravos da sua indisciplina financeira.
Provérbios diz, "O rico domina sobre o pobre, e o que toma emprestado é servo do que empresta" (22:7).
Como nos defender contra estes mísseis materialistas da mídia?  Eis algumas sugestões práticas:
            *Avaliar criticamente como família a propaganda e outros comerciais que encontra "na praça".  Fazer algumas perguntas chaves: "É verdade?" "Realmente precisamos deste item agora?"   "É o melhor produto no mercado?"  "Estamos sendo enganados?"
            *Concordar em não fazer nenhuma compra acima de um determinado valor sem pelo menos uma semana de reflexão, conversa, e oração juntos.
            *Decidir não fazer nenhuma compra sem primeiro comparar o mesmo produto em pelo menos dois outros lugares
            *Procurar produtos comuns ou genêricos, que muitas vezes custam a metade da marca ou "grife" conhecido
            *Evitar qualquer forma de dívida (veja abaixo)
            A Cobiça.   Não fosse a natureza humana, cobiçosa e materialista, não haveria nenhum problema com o bombardeio comercial da mídia.  Talvez nem existiria propagandas!  O problema principal não está com a mídia.  Como um grande estrategista militar declarou, "Descobrimos o inimigo, e ele é nós!"   A natureza do homem leva-o a desejar cada vez mais coisas, mas nunca ficar realmente satisfeito.  Provérbios diz, "O inferno e o abismo nunca se fartam, e os olhos do homem nunca se satisfazem" (27:20).  "Aquele que tem olhos invejosos corre atrás das riquezas, mas não sabe que há de vir sobre ele a penúria" (28:22).
A família cristã terá que erguer uma defesa quase que impenetrável para não ser atingida por estes apelos à sua natureza materialista.  Algumas sugestões práticas que constituem um "pacto pela defesa financeira familiar" incluem:
             *Estabelecer um orçamento familiar que identifique as saídas mensais, e que permita compras especiais ocasionais--e planejadas (Pv. 21:5).  Sugerimos que a família analise todos os seus gastos durante 3 meses, para descobrir os "furos no saco" do orçamento familiar.
            *Evitar toda e qualquer forma de dívida (Pv. 22:7).  Para alguns menos disciplinados, pode incluir o uso de cartões de crédito, participação em alguns consórcios, fiança (cf. Pv. 22:26, 27), e negócios especulativos (cf. Pv. 28:20, 12:11, 13:11).  O casal terá que decidir viver com aquilo que Deus já providenciou, não o que espera ganhar.  (Às vezes é difícil discernir entre "fé" e "presunção"; basta dizer que a fé crê que Deus é capaz de satisfazer a família com aquilo que tem, não com o que deseja adquirir.)
            *Evitar pagamentos parcelados, em prestações, com ou sem juros.  Mesmo as prestações sem juros têm seu preço.  Provavelmente você conseguirá o mesmo produto mais barato         em outro lugar pagando "à vista".  Quem paga é o consumidor.
             *Cultivar uma atmosfera no lar de gratidão e contentamento pelo que tem.  Promover cultos de consagração quando Deus supre uma necessidade ou permite uma compra especial.  Desenvolver alvos missionários como família visando ministrar e/ou dar para pessoas mais carentes, e visitar estas pessoas (Pv. 3:9,10; 11:24, 26; 19:17).  Uma dose sadia da "realidade" em que muitos vivem fará muito para diluir a sua cobiça!
                                                                            Conclusão
O remédio prescrito pelo Pastor Waldemar para Jairo e Marlene foi radical--mas foi a melhor maneira de salvar o casamento: destruir os cartões de crédito, fazer um orçamento "vaca magra", vender suas posses "supérfluas", e aplicar cada centavo que sobrava na redução da dívida familiar.  Além disso precisavam  mudar seus hábitos de consumo.  Mas o resultado valeu a pena.  Depois de dois anos o casal havia derrotado o inimigo da desordem financeira.  Pela primeira vez no seu casamento, experimentava a liberdade de não serem "prisioneiros de dívida".  Inclusive, já haviam encomendado um bebê--à vista, é claro!

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