Salmo

sábado, 28 de agosto de 2010

Que os meus inimigos se explodam!
 

Por André Sanchez

 Virtudes

“abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis.” (Rm 12. 14)

Humanamente falando não há nada mais gostoso que ver os nossos inimigos se dando mal. Dar o troco a eles, ignorá-los, prejudicá-los, falar mal deles, devolver aquilo que nos fizeram com juros. Essa é uma atitude comum e quase instintiva de todos nós.

A nossa forma lógica de pensar nos aponta que se alguém nos prejudica de alguma forma, deverá sofrer por isso, e, se possível, que possamos sentir o doce gostinho da vingança em ação. Queremos rir, saborear a desgraça do inimigo que nos fez mal.

Por isso, talvez uma das virtudes mais difíceis de ser praticada em todos os tempos seja a virtude de abençoar os inimigos. Muitos, mesmo sendo cristãos, parecem querer ignorar os vários versículos da Bíblia que falam sobre o tema, julgando ser algo impossível de se seguir.

Jesus abordou com profundidade o tema quando disse: “Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem” (Mt 5. 44 - NVI). Somente esta parte do texto já demonstra uma ordem clara e que deve ser cumprida. 

No entanto, Jesus aprofunda ainda mais o argumento para o mandamento: “Se vocês amarem aqueles que os amam, que recompensa receberão? Até os publicanos fazem isso! E se vocês saudarem apenas os seus irmãos, o que estarão fazendo de mais? Até os pagãos fazem isso!” (Mt 5:46-47 - NVI)

Fica claro que Deus deseja uma postura diferenciada da nossa parte com relação aos inimigos que temos. Jesus não deseja de nós uma postura igual a da maioria, mas uma postura que se destaque da maioria como diferenciada.

Não está escrito que seria uma postura fácil, mas está escrito que devemos tê-la. Sabemos que o amor é muito mais atitude que sentimento. Amar os inimigos seria algo impossível? Creio que não! Difícil sim, impossível não. Precisamos aprender a exercitar este tipo de amor em nossas vidas para com os nossos perseguidores, não porque seja gostoso, (pois não é), mas porque é a vontade de Deus.

Jesus pôs essa postura em prática no momento exato em que disse àqueles que estavam zombando Dele, que haviam cuspido Nele, batido Nele, desafiado a Sua autoridade (os seus inimigos naquele momento): “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo” (Lc 23. 34 - NVI). Jesus os amou e orou por eles, cumprindo a sua própria ordem dada a nós e mostrando que é possível, mesmo quando estava pendurado em uma cruz, sangrando e sendo hostilizado, ter uma postura que agrada a Deus.

Isso nos faz pensar em como temos tratado a questão dos nossos inimigos. Que atitudes você tem tido com relação a eles?

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