Salmo

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Perdão na família








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Sempre sonhamos em ter uma família perfeita.  Não demorou muito (foi na nossa lua de mel) para descobrir que não seríamos aquela família.  Apesar dos sonhos encantados de muitos noivos, a família perfeita não existe, e nunca existiu.
Então devemos desistir da família?  Não.  Talvez não seja possível ter uma família perfeita, mas podemos ser uma família que sabe perdoar uns aos outros, e estender essa esperança do perdão às pessoas ao nosso redor.
O perdão é a chave para se ter uma família feliz.  Sem o perdão, ressentimentos e ira ficam submersos debaixo da superfície do lar.  Assim como o iceberg que naufragou o Titanic, mais cedo ou mais tarde essas mágoas afundam a família.  Temos que aprender a perdoar, através da experiência de sermos perdoados. 
Deus nos ensina a perdoar por meio do perdão que nos oferece em Cristo Jesus.  Como recebemos esse perdão?  Há alguns passos simples e básicos, mas essenciais, claramente traçados na Palavra de Deus:
1) Reconhecer sua necessidade de perdão.  O padrão de Deus é alto.  A Bíblia nos diz, “Sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste” (Mt 5:48).  Infelizmente, “todos pecaram, e carecem da glória de Deus” (Rm 3:23).  Pecar significa errar o alvo.  Todos nós erramos o alvo de perfeição estabelecido por Deus.  Quebramos a lei de Deus.  Somos culpados. 
2) Reconhecer que está perdido sem o perdão de Deus.  Deus também diz, “O salário do pecado é a morte . . . “ (Rm 6:23).  Infelizmente, muitas pessoas hoje estão mais preocupadas com paz, prosperidade e poder do que com o perdão dos seus pecados.  São como passageiros de um navio descendo até o fundo do mar, preocupados em resgatar roupas, cosméticos e joias em vez de clamar por um salva-vidas!  Sem o perdão de Deus estamos perdidos, destinados à morte eterna.
3) Somente através do sacrifício de Jesus é que somos perdoados por Deus: “Aquele (Jesus) que não conheceu pecado, ele (Deus) o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus (2 Co 5:21).  “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16).  “Não há condenação para aquele que está em Cristo Jesus” (Rm 8.1).  Jesus sofreu o castigo de uma separação infinitamente dolorosa do Seu Pai, para que nós não tivéssemos que sofrer uma separação eterna dEle.
4) A ressurreição de Jesus concede nova vida.  A morte não pôde segurar o Filho de Deus!  Sua ressurreição prova de uma vez por todas que nossos pecados realmente foram perdoados: “Cristo morreu pelos nossos pecados . . . . e ressuscitou” (1 Co 15:3,4).  “Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim . . . vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl 2:20).
5) Somente quando confiamos exclusivamente em Cristo é que recebemos o perdão dos pecados.  “Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé . . . não por obras” (Ef 2:8,9).  “Crê no Senhor Jesus, e serás salvo” (At 16:31).  “Todo o que nele crê, não pereçe, mas tem a vida eterna” (Jo 3:16).  Crer em Cristo significa lançar sobre ele todo o peso do seu pecado, e a sua esperança pelo perdão e um destino no céu; não somente acreditar que existe bote salva-vidas, mas entrar nele!
Todos que procuram salvar a si mesmos pelas suas boas obras são eternamente enganados.  Deus não compartilha Sua glória com ninguém, e não permitirá que pecadores arrogantes se vangloriem no céu como se a salvação fosse obra deles, ou algo que compraram pelas suas esmolas.  Imagine se um pai assistiu a morte de seu único filho depois de salvar inúmeras pessoas de um incêndio, só para ter os sobreviventes oferecerem R$5 em compensação, enquanto falam de como poderiam ter saído das chamas sem ajuda!
“Crer” envolve mais que “afirmar” ou “reconhecer.”  Quem vê a si mesmo como pecador perdido merecedor do inferno, carente do perdão divino, deve se revoltar contra seu pecado e se voltar a Deus para ser salvo por Cristo.  Este é o arrependimento bíblico.  Cristo promete recebê-lo e abençoá-lo com vida eterna:   “Quem ouve a minha Palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não será condenado, mas já passou da morte para a vida” (Jo 5:24).
O que você faz com seu pecado determinará seu destino eterno!  Há somente duas opções: abraçar o perdão oferecido pela obra de Jesus em sua morte e ressurreição como pagamento da pena do seu crime, ou pagar, você mesmo, o castigo de uma eternidade separado do Criador que tanto deseja ter comunhão com Suas criaturas.  Não se paga pelo mesmo crime duas vezes; ou aceito o pagamento que Jesus fez quando declarou na cruz “Está pago”; ou pago eu mesmo.
E a família?  Quem recebe o “dom gratuito” de perdão por meio de Cristo, ganha condições de viver em família como perdoado e perdoador: “Sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou” (Ef 5:32).
Não significa que, de repente, sua família ficará perfeita.  Perfeita, não!  Perdoada, sim.  E capaz de perdoar uns aos outros.
Quem nunca sondou as profundezas da sujeira do seu próprio coração; quem nunca se viu como miserável pecador; quem nunca experimentou o perdão total em Cristo Jesus, não será capaz de perdoar os outros.  Será um juiz, intolerante, implacável, arrogante e orgulhoso.  Mas aquele que vive como perdoado será capaz de estender, pelo Espírito de Deus, perdão aos que convivem com ele.
Viver em família e criar filhos nestes dias exige coragem, sim.  Mas podemos contar com a graça de Jesus, que nos capacita para amar e perdoar.

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