Salmo

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Reação nas aflições

 
 
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Por: Rev. Paulo Sergio da Silva
Culto de Louvor 04.08.13
“Muitas são as aflições do justo, mas o SENHOR de todas o livra.” Salmos 34:19.
Você já enfrentou a tragédia? Como reagir e vencer aquelas situações que certamente nos advirão? As lutas virão, enfermidades poderão nos alcançar, problemas e dificuldades de toda sorte, seja de ordem material, como um desemprego, por exemplo; ou de ordem emocional, conjugal, familiar, pessoal. É nessa hora que ficamos mais vulneráveis às tentações. Sofrimentos existem, e a Palavra nos alerta que “muitas são as aflições do justo, mas o Senhor de todas o livra” (Sl 34:19); e que nesse mundo teremos aflições, mas devemos ter bom ânimo, Jesus está conosco (Jo 16:33).
Isso certamente ocasiona o nosso sofrimento… Para vencer esses sofrimentos e tragédias da alma temos que buscar praticar três coisas básicas.
1 – FORTALECIMENTO
“Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do Seu poder.” Efésios 6:10.
Procure não se deixar abater diante das situações que consideramos trágicas, sejam elas quais forem. O risco é o enfraquecimento e o esfriamento espiritual.
Observemos por exemplo quantos estão fora das Igrejas porque começaram a se engraçar com o mundo e acabaram ficando por lá. Tornaram-se desertores, traidores, cegos, iludidos, abandonaram o Senhor, “nunca foram dos nossos”. A história poderia ser diferente, e isso dói na gente, sofremos e por vezes ficamos deprimidos até choramos. Esse sentimento é normal, porque amamos e não queremos que ninguém vá para o inferno, e como é triste ver bancos vazios nos cultos e reuniões. Mas temos que ser fortes e até ter um pouco de “sangue frio”, encarando a situação com uma boa dose de controle emocional, senão ficaremos abatidos de espírito e poderemos nos desanimar também. Se um cirurgião não tiver essa frieza e controle emocional, jamais cortará a carne do paciente com o bisturi, não pegará seus órgãos internos com as próprias mãos, não costurará a carne após a realização da cirurgia. Semelhantemente estamos lidando com pessoas enfermas na fé, e precisamos ser usados por Deus da maneira correta, confiantes de que Ele realiza a Sua obra.
PERSEVERANDO NO AMOR E NO PODER DE DEUS
Não podemos deixar de amar, que seria o maior sinal de nosso enfraquecimento espiritual. Em contrapartida, o amor de Deus deve fluir em nós como um sinal de Sua presença em nós, e de Seu fortalecimento. Jesus suportou Seus discípulos mesmo conhecendo as fraquezas de cada um deles. Por que Ele suportou suas fraquezas? Porque amou! O Senhor sabe quem somos, e não somos melhores do que os outros, não somos melhores do que Pedro, Paulo, João, Tiago, Tomé… Se há algo de bom em nós é obra de Cristo, e se a graça e o amor de Deus fossem retirados de nós, não sobraria nada que pudesse nos salvar, estaríamos condenados ao inferno de fogo. Portanto o amor é essencial para a nossa sobrevivência na fé; e o amor trará consigo e produzirá em nós as virtudes que necessitamos para não nos enfraquecermos.
Se perseverarmos, estamos apenas fazendo o nosso dever, e os méritos são de Cristo, não nossos. Em um pequeno de exercício de memória nos recordaremos de fases difíceis pelas quais passamos e Deus nos levantou, nos tirou do lamaçal, nos transformou de dentro para fora, nos mostrou o Caminho. Por isso, o amor e a compaixão devem estar sempre presentes em nossos corações, não barateando a graça, mas demonstrando que nossos braços estão abertos, que não estamos lançando pedras, mas estamos orando e desejando que estes irmãos deixem as coisas do mundo, se santifiquem e se apeguem a Cristo, à Bíblia, à oração e à obra de Cristo.
Portanto, ser forte em Cristo é mais que palavras, mas a manifestação dessas virtudes: controle emocional, fé, esperança, perseverança, compaixão e amor.
2 – DESCANSO
“Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas.” Salmos 23:2.
Aprendi a descansar o coração na soberana eleição de Deus e em Sua providência. Deus nunca falha! Muitos que estão nas Igrejas não são salvos, e talvez nem sejam eleitos. Outros que jamais pisaram em uma Igreja se converterão. Alguns que estão brincando com o pecado e se enlameando no mundo, vão “cair na real” e deixarão essas coisas para trás; outros vão sair da Igreja mesmo. Alguns voltarão, outros não. Alguns que parecem ser firmes abandonarão a fé, e talvez retornarão arrependidos um dia; outros não. Então, a obra não é nossa, mas de Deus. E se não é nossa, não devemos nos preocupar demasiadamente com isso, mas confiar e descansar em Deus, porque Ele está no controle. Houve uma época em que eu tive dificuldades com esses que andam “meio lá, meio cá”; isso me entristecia sobremaneira, ao ponto de chegar à ansiedade. Graças a Deus essa fase passou, e hoje, quando me deparo com esses, descanso na confiança de que Deus está no controle! E a promessa é que de Seus eleitos não se perderá nenhum (João 10:28).
ELE É O TEU PASTOR?
Se Ele É o nosso Pastor, não podemos deixar que os problemas de percurso me entristeçam e me abatam, mas necessitamos estar sempre junto às fontes de águas vivas, onde encontramos o descanso que necessitamos para caminhar e prosseguir. Necessitamos estar sempre junto aos pastos verdejantes onde temos o alimento que nos fortalece.
Trabalhei em uma indústria, e o chefe do setor colocou uma placa na porta de seu escritório: “The Boss”. Significa “O Chefe”. Aquela placa trazia o seguinte recado: “Aqui quem manda sou eu!”, “Eu sou o cara” (rsss). E ninguém sequer ousava entrar naquela sala e dizer para o chefe que ele estava errado. Ai de quem fizesse isso, poderia ser demitido. Caia bem aquele ditado: “Quem pode manda, quem é inteligente obedece”. Nosso trabalho era simples comparado ao dele, e cada um cumpria os seus deveres, consciente de que ele, o chefe, era quase infalível. Essa política de privacidade do chefe existe em todos os setores, apesar de eventuais críticas. Gosto de lembrar dessa fase para fazer a seguinte comparação: se confiamos e obedecemos as ordens de chefes humanos, tendo em vista emprego e salário, porque não confiar em Deus? Deus é perfeito, não falha, é soberano para cumprir o que nos prometeu. A soberania nos dá segurança, e ninguém deve questionar Seus planos e ações. NEle podemos confiar plenamente. Nosso departamento, competências pessoais, nossa parte do acordo, do trato, da aliança, deve ser cumprido responsavelmente, e isso ocupará todo o nosso tempo e espaço.
Certamente a falta de descanso surge na falta de confiança. Então o descanso é fortalecido na medida em que praticamos a fé, confiando na competência divina.
3 – AVIVAMENTO
“Ouvi, SENHOR, a Tua Palavra, e temi; aviva, ó SENHOR, a Tua obra no meio dos anos, no meio dos anos faze-a conhecida; na Tua ira lembra-te da misericórdia.” Habacuque 3:2.
A melhor reação diante dessa tragédia deve ser a busca de um avivamento pessoal e eclesiástico, onde haja uma renovação de mentes e corações. A ausência de sentimentos na vida espiritual e na comunhão com Deus tem causado essa abstinência eclesiástica. Parece que temos nos tornado mecânicos, religiosos, frios, insensíveis ao Espírito Santo. A vida cristã é rotineira e cansativa somente para os que vivem e se portam assim diante do Eterno Deus. Mas observe como eles se mostram bem dispostos para passar a noite em uma festa, ou ir a um show, especialmente se for de música secular e profana. Essa disposição para o mal, para o pecado e não para Deus, é que ocasiona a entrada dos maus costumes no seio da Igreja. A busca por um avivamento trará mudanças de corações, mentes, costumes, vidas! Mas tem que começar em nós, individualmente, em nossa vida de comunhão com Deus (Mt 6:6).
A palavra avivamento tem sido mal interpretada por muitos. Associa-se a palavra avivamento a certos movimentos que ultimamente tem causado escândalos, maus-testemunhos e divisões em diversas Igrejas. Na minha concepção, avivamento é a busca de uma comunhão mais íntima com Deus, através da leitura e prática das Sagradas Escrituras, da oração e santificação. Lógico que ao nos aproximarmos mais e mais de Deus teremos nossas emoções impactadas pelo quebrantamento que o Senhor mesmo produz nos corações ávidos por Sua majestosa presença (Sl 51:17).
O avivamento espiritual é como fogo que consome o restolho, o lixo do pecado dos nossos corações, e nos purifica como ouro (Zc 13:9). O avivamento é como um vento, em que Deus sopra o Seu Espírito Santo, arrancando de nós as cinzas do esfriamento espiritual e tornando nossos corações em brasas vivas (At 2:2). O avivamento espiritual propicia a manifestação do poder de Deus, e Ele em Sua soberania realiza sinais e maravilhas, trazendo cura, libertação e salvação no meio de Seu povo. O avivamento espiritual renova a rol de membros da Igreja, pois aumenta gradativamente os novos convertidos.
Por falta de avivamento temos observado o esfriamento espiritual galopante em muitas Igrejas, o número de bancos vazios aumentando e o rol de membros diminuindo ano a ano. Para muitos isso é o sinal descrito em Mateus 24:12 “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará”. De fato, esse é um os sinais iminentes do fim dos tempos. Mas a Bíblia também nos fala de outros sinais que acompanharão esses dias: Joel 2:28-32 e Isaías 44:3-5.
CONCLUSÃO
A vida tem seus altos (momentos de muita alegria) e baixos (momentos de tristeza). Que saibamos enfrentar os momentos ruins com a disposição de louvar e servir a Deus, buscando ser fortalecidos na força do Seu poder, encontrando o lugar de descanso e conforto que Ele nos proporciona em Sua graça, e sendo avivados no Espírito Santo, sem o qual jamais conseguiremos vencer.
Não sejamos derrotistas, mas creiamos que o melhor de Deus ainda está por vir.
Sem querer ser perfeccionista, porque todos somos pecadores, mas buscando a perfeição em Cristo Jesus.
SDG – A DEUS TODA GLORIA!!!

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