Coragem
Por Robert J. Tamasy
A preocupação primária de muitos no mercado de trabalho é segurança:
trabalho estável, rendimentos aceitáveis, responsabilidades maleáveis,
expectativas previsíveis. E quem pode culpá-las? Com a economia mundial
incerta, ter emprego é uma benção. Sendo assim, para quê dizer ou fazer algo
que ponha em risco essa posição “segura”? Para quê balançar o bote?
Contudo, os maiores realizadores, aqueles que têm deixado marcas indeléveis
em suas áreas de empreendimento, são os que exibiram coragem, desejosos de
nadar contra a corrente, desafiar o status quo e aventurar-se no
desconhecido sem nenhuma garantia de sucesso.
Exemplos de Bill Gates e Steve Jobs imediatamente nos vêm à mente.
Visionários que enxergaram usos e capacitação dos computadores que seus
colegas jamais sonharam ser possível. Temos exemplos clássicos de inventores
como Thomaz Edison, que dizem ter permanecido inabalável apesar dos reveses
sofridos na busca para inventar a lâmpada, convencido de que cada fracasso
representava um passo mais perto do sucesso.
De onde vem essa coragem? Algumas vezes, da necessidade. Meu amigo Gary se
encontrava preso a um trabalho por hora, mal pago, que o deixava incapaz de
satisfazer seus anseios para sua família. Ao invés de aceitar as
circunstâncias ou culpar outros pela condição, Gary implementou um extenso
projeto de desenvolvimento pessoal, adquirindo as ferramentas e habilidades
que necessitava para se tornar um executivo de vendas bem sucedido. Hoje ele
estimula outros a dar passos similares de coragem. Sua vida se tornou um
exemplo vivo do princípio bíblico:“O apetite do trabalhador o obriga a
trabalhar; a sua fome o impulsiona” (Provérbios 16.26).
Mas coragem – essa disposição de avançar para além de limites familiares,
estabelecidos e seguros – também pode surgir de outras fontes.
Coragem para tomar posição.
Quando você se sente seguro quanto a um princípio ou crença, a coragem exige
que você seja intransigente. Pode ser que a mudança de estratégia seja
necessária, apesar da oposição. Ou que seja errada, apesar das pressões.
Siga o exemplo dos homens da tribo de Issacar, “que sabiam como Israel
deveria agir em qualquer circunstância” (1Crônicas 12.32).
Coragem para agir apesar do perigo.
Avançar ou promover grandes mudanças pode envolver risco considerável. Mas
se sentir que Deus o está impulsionando para seguir em frente, agir com
ousadia e coragem é seguro. “Não fui Eu que lhe ordenei? Seja forte e
corajoso! Não se apavore, nem desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará
com você por onde você andar” (Josué 1.9).
Coragem para perseverar.
Quando os objetivos não são alcançados ou as expectativas são frustradas, é
fácil desistir. Mas em tempos assim, coragem para persistir e permanecer
focado no objetivo é essencial. “Não nos cansemos de fazer o bem, pois no
tempo próprio colheremos, se não desanimarmos” (Gálatas 6.9).
Coragem para agir segundo as convicções.
O mercado pode ser amoral e governado por “ética situacional”, não
importando o que seja preciso fazer para fechar um contrato. É preciso
coragem para permanecer fiel aos altos padrões de comportamento e ações.
“Mantenham-se firmes, e que nada os abale. Sejam sempre dedicados à obra do
Senhor, pois vocês sabem que, no Senhor, o trabalho de vocês não será
inútil” (1Coríntios 15.58).
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