O Campo e o Mercado
Por Robert J. Tamasy
A vida do campo traz pouca referência para muitos de nós que atuamos no mundo de negócios. Mas muitos princípios de uma fazenda se aplicam ao mercado de trabalho. O fazendeiro, por exemplo, precisa cultivar o campo, preparando-o para receber as sementes. Nos negócios também se “cultivam” clientes em potencial, construindo relacionamentos e os convencendo que serão mais bem servidos que no concorrente.
Um outro princípio faz parte do que geralmente chamamos “leis da colheita”. Quem já trabalhou no campo entende estas leis. Mas não é preciso ter experiência com lavoura, nem tampouco diploma em agronomia ou botânica para reconhecer sua importância. Estas leis podem ser encontradas na Bíblia, em Gálatas 6:
Colhemos o que semeamos. Se plantarmos sementes de cenoura cultivaremos cenouras. Se semearmos nabo colheremos nabo. Aplicando ao contexto empresarial, se persistirmos em demonstrar desconfiança – com empregados, clientes ou fornecedores – eles também responderão com desconfiança. Se os tratarmos com gentileza e cuidado nos predispomos a receber em troca o mesmo tratamento. “O que o homem semear, isso também colherá” (Gálatas 6.7).
A colheita surge em outra estação. O agricultor mais amador sabe que não se plantam sementes em um dia e esperar plantas adultas no dia seguinte. "Sementes” plantadas hoje, boas ou más, darão frutos no futuro. É frequente ouvir de líderes que sofreram conseqüências de suas imprudências anos depois. Podem ter pensado que tivessem escapado, mas tempos depois suas ações foram expostas. Pode-se manter elevados níveis de integridade e excelência e só colher “frutos” dessa dedicação no futuro. “No tempo próprio colheremos” (Gálatas 6.9).
Colhemos mais do que semeamos. Se plantarmos um grão de milho colheremos mais que outro grão. Um único pé apresentará várias espigas. Se fizermos o melhor para satisfazer um cliente, podemos esperar negociar com ele mais que uma vez, em razão da experiência inicial positiva. Mas se preferirmos atalhos, não devemos nos surpreender se ele tentar nos trapacear na primeira oportunidade. “Se plantar no terreno da sua natureza humana, desse terreno colherá a morte. Porém, se plantar no terreno do Espírito de Deus, desse terreno colherá a vida eterna” (Gálatas 6.8).
A hora da colheita chegará, se perseverarmos. É fácil ter uma boa idéia, como abrir um negócio ou embarcar numa carreira promissora. Mas aquele que persevera, apegando-se à visão é que alcança sucesso, sobrevivendo aos reveses e vencendo obstáculos.Os fazendeiros seriam tolos se arassem o campo ,lançassem sementes, regassem o solo e não se preparassem para a colheita. Que valor haveria em lançar os alicerces de um empreendimento e não acompanhá-lo até o sonho tornar-se realidade? Empresários de sucesso tiveram que aceitar fracassos e enfrentar tempos de desânimo. Mas não perderam o foco, nem desistiram de seus objetivos. “E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos” (Gálatas 6.9).
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