
Não existe maior declaração de amor do que:
“Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito” (Jo 3.16).
Todo ano, à medida que o mês de dezembro vai passando, nosso mundo é
envolvido e absorvido por aquilo que se acredita tornar a celebração de
Natal tão especial. Há presentes para serem comprados, cartões a serem
escritos e festas para participar com a família e com amigos. Contudo, o
feriado não é a respeito dessas coisas.
O Natal está relacionado com o amor de Deus, prometido pela primeira
vez séculos atrás, a um homem fiel chamado Abraão. Este, de acordo com a
instrução do Senhor, partiu
“de Ur dos caldeus, para ir à terra de Canaã” (Gn 11.31). O Senhor prometeu a Abraão muitas coisas maravilhosas, inclusive:
“Em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3).
Através de Abraão, Deus prometeu manifestar Seu amor à humanidade.
Sua promessa revelou uma centelha do que deveria finalmente se tornar a
encarnação: o próprio Deus se tornando homem na pessoa do Messias.
O Senhor estabeleceu uma aliança com Abraão, fazendo dele o progenitor do povo judeu:
“Farei uma aliança entre mim e ti e te multiplicarei extraordinariamente” (Gn 17.2).
Abraão e Sara não tinham filhos. Mas Deus é onipotente; e no ano
seguinte, quando Abraão fez cem anos e Sara noventa, Ele os abençoou com
um filho. Deus lhes disse para darem ao menino o nome de Isaque; e
declarou:
“Estabelecerei com ele a minha aliança, aliança perpétua para a sua descendência” (Gn 17.19).
Depois, Deus deu a promessa ao filho de Isaque, Jacó (Gn 28.13-14).
Mais tarde, Ele revelou que o Messias viria de Judá, filho de Jacó (Gn
49.10) e, finalmente, do descendente de Judá, o Rei Davi (1Sm 13.14). A
Davi, Deus disse:
“tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre” (2Sm 7.16).
Muito tempo depois da morte de Davi, a promessa ainda permanecia. O profeta Isaías declarou:
“Do tronco de Jessé [pai de Davi]
sairá um rebento, e das suas raízes, um renovo” (Is 11.1). “Porque um menino nos nasceu [falando sobre a humanidade do Messias],
um filho se nos deu [falando sobre Sua deidade]”
(Is 9.6).
O Senhor havia criado toda uma nova nação, a nação de Israel, para
trazer ao mundo a realidade do único Deus verdadeiro, Sua Palavra e Seu
amor.
Esse amor apareceu na primeira noite de Natal na forma de um bebê
envolto em panos e deitado em uma manjedoura (Lc 2.7). O amor divino é a
mensagem que o anjo compartilhou com os pastores que
“guardavam o
seu rebanho durante as vigílias da noite. (...) Não temais; eis aqui vos
trago boa nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que
hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor”
(Lc 2.8,10-11).
Naturalmente, o dia 25 de dezembro não é o dia exato em que o
Messias, prometido há tanto tempo, entrou no tempo e no espaço na
manjedoura de Belém. No entanto, o fato de existir um dia para nos
lembrarmos e para comemorarmos Sua chegada é realmente adequado porque,
naquela noite, Deus deu, ao mundo de pessoas pecadoras, um Salvador,
Aquele que levou nossos pecados, que era o próprio Deus.
O Todo-Poderoso criou a nação judaica como Seu tesouro especial para
trazer o remédio final contra o pecado a um mundo sem esperança e cheio
de necessidades. Seu dom da salvação através do Messias é gratuito para
todos:
“A todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus” (Jo 1.12).
Neste Natal, quando celebrarmos o amor sacrificial de Deus,
deveríamos também agradecer-Lhe por Seu amado povo de Israel, através do
qual Ele nos trouxe o Redentor.
“Orai pela paz em Jerusalém” (Sl 122.6). (Thomas C. Simcox - Israel My Glory - http://www.chamada.com.br)